Então é assim, vamos mergulhar de cabeça nas primeiras páginas do livro Lobo guará, aproveite pois eu pensei 3x em liberar elas para vocês, rsrs.
Capítulos liberados:
Overture: A sonata da Lua!
Flashback: Leitura à Primeira Vista Overture: A sonata da Lua!
Na vastidão do céu carioca, dominado por uma tempestade que mais parecia o juízo final, trovões riscavam nuvens carregadas, criando um espetáculo de luz e sombra. Entre os voos rotineiros que cortavam o espaço aéreo, um se destacava pelo seu propósito incomum na zona sudoeste brasileira: o Embraer KC-390, uma aeronave robusta, preparada para missões que iam além do convencional, carregava em seu ventre não apenas suprimentos, mas a esperança de uma trégua nas tensões que fervilhavam nas ruas do Rio de Janeiro.
Enquanto a aeronave sobrevoava em uma altitude segura e furtiva sobre a cidade, contornando as nuvens pesadas, seu compartimento se abriu, libertando a primeira caixa de suprimentos. Eles desciam como embaixadores da paz, prometendo um alívio temporário às facções, que dominavam os dias e as noites cariocas com medo e “violência selvagem”. A aeronave realizou uma curva levemente à direita do litoral, como um gigante benevolente se movimentando no céu, liberou os três últimos pacotes, mas um contratempo inesperado se apresentou: o compartimento não se fechou após seu objetivo de paz temporária.
Uma música clássica tocada em piano começou a emergir de dentro do avião, parecendo ser uma caixa de som mal equalizada, com ênfase nas tonalidades médias e agudas, que poderia ser facilmente um fone de ouvido em seu volume mais alto.
Neste limiar, onde a penumbra se encontrava com a luz, uma figura emergiu, delineada contra o interior sombrio do avião. A silhueta, definida e poderosa, revelava não apenas a disciplina de um militar preparado, mas também a postura de um guerreiro adornado com equipamentos táticos urbanos, concebidos para a selva de concreto abaixo.
Este militar, emergindo das sombras com uma calma imponente, era mais do que um soldado; ele era a personificação da determinação e da compreensão profunda da natureza, aspectos que o tornavam indispensável nos momentos mais sombrios. Seu rosto, ao ser banhado pela luz, revelava uma expressão marcada pela seriedade e pelo peso das responsabilidades que carregava. Os traços definidos e o olhar profundo e sombreado pertenciam a um membro notório do “GPPN”, o grupo conhecido como “Gigantes Pela Própria Natureza'", calmamente ele retira seu fone de ouvido e automaticamente o som do seu smartphone revela uma “Sonata ao luar” de Beethoven.
Um estrategista silencioso cuja presença era um presságio de mudança. Em momentos de crise, quando a derrota parecia inevitável, sua expertise era invocada, pois ele conhecia a dor e o caos, mas nunca o permitiu em seu paladar. Sua chegada não era um espetáculo para as massas, mas um sinal inequívoco de que, mesmo nas noites mais tempestuosas, havia quem lutasse incansavelmente pela luz da manhã. Junto ao momento mais fúnebre da sonata de Beethoven, o incógnito e rejeitado soldado é revelado. Matias, ou melhor:
— Mateus, você sabe o que fazer, aguarde o sinal e salte rumo a ilha do fundão, lá você vai encontrar um grupo de mutantes baderneiros que estão quebrando o local a pedido do seu líder. — Ordenou Leônidas da Silva via rádio.
— Estou pronto capitão, mas me chamar desse nome não vai me ajudar a ficar mais forte. — Respondeu Matias com ironia.
— Ok “Taz Mania”, como quiser! Só não vale quebrar tudo lá, viu? A missão é encontrar e destruir, mas… — Com um tom mais sério, Leônidas completa — se você encontrar ela, não a deixe escapar.
— Afirmativo capitão! Respondeu lentamente Matias, com um tom grave que se harmoniza com a música que o acompanha durante o voo.
Leônidas com uma voz imponente, concluiu:
— Que comece a Operação “O Bicho Pegou!”
Flashback:Leitura à Primeira Vista
Com determinação, Matias lançou-se da aeronave, que, momentos antes, pairava serenamente ao som de uma sonata. Tudo se tornou mais intenso e caótico ao adentrar o coração da tempestade. As luzes da cidade começaram a perfurar o véu de neblina, e a luminosidade intensificou-se sobre o rosto de Matias, que mergulhava de cabeça em direção ao solo. À medida que a claridade aumentava, ele fechou os olhos, permitindo que a sonata se entrelaçasse com vozes, traumas e memórias marcantes de sua vida oculta.
Ao reabrir os olhos, uma nova claridade revelou um ambiente diferente, porém familiar. Matias encontrava-se deitado de bruços em uma cama, sua visão, inicialmente turva, começou a se aclimatar à luminosidade que se assemelhava ao alvorecer de um dia comum. Observou a dança das partículas de poeira iluminadas pelas frestas de uma janela típica das casas brasileiras, desaparecendo e reaparecendo em um balé ao ritmo de Beethoven, que gradualmente se esvaía em um suave "fadeout".
Foi então que o som do ambiente trouxe o reconhecimento do local, suas pupilas dilataram e o despertador soou, trazendo à tona a realização de que estava atrasado para a escola. Era dia de prova na faculdade, e coincidentemente, seu aniversário de 18 anos, precisamente em 31 de agosto de 2008.
— Mateus, a comida está na mesa, não vai se atrasar para a prova. — Gritou sua mãe, com um tom alto e reverberante que parecia ser comum nesta casa.
Mateus ainda confuso com o despertar abrupto, momentos antes do alarme, responde no mesmo tom porém com uma harmonização bem rebelde:
— Sim, dona Maria Alice, desta vez eu chego antes.Sua mãe respondeu, desconfiada:
— Você jogou vídeo game até tarde? Ahh, por que foi, teu pai vai vender para o primo, para ajudar nas contas da faculdade. Completou a dona Maria Alice — E desça logo viu piá, pois o leite está quentinho, não me faça ter que esquentar de novo, se não óh, eu não sei mais o que fazer por você…
Continuou dona Maria Alice falando pelos cotovelos. Já o jovem Mateus estava se arrumando rapidamente como um pianista que lê uma partitura à “primeira vista”, fazia malabarismos para se arrumar: escovava os dentes, penteava o cabelo e se vestia simultaneamente, como uma “sinfonia” em em ritmo “prestissimo”.
Por fim ele usa um perfume que na propaganda dele dizia: “Cheiro intenso, para momentos selvagens.” Mateus franze a testa achando este slogan cafona para sua idade. E diz com um voz abafada por uma escova entre os dentes:
— Jesus! Depois dessa, prefiro sair fedendo. — Completa Matias cuspindo a pasta de dentes na pia do seu banheiro, e em seguida, encarando seu reflexo no espelho, pausando por um momento para se examinar com mais atenção…
O que ele viu não foi o semblante de um homem forjado em batalhas ou desgastado pelo ceticismo, mas sim o rosto de um jovem com quem qualquer um em Guarapuava gostaria de ter uma amizade. Seu reflexo carregava uma conexão, talvez tingida de ironia, mas que ainda assim demonstrava um profundo respeito por sua família e possivelmente por todos de sua cidade.
(...)
---- E ai, curtiu parte do livro "Lobo Guará"? Em breve informarei a data do Pré-lançamento.
Ainda não conheçe a Spin-off "Lobo Guará"? Lobo guará faz parte do universo Verde Louro, é uma Spin-off da série. Confira abaixo um resumo desta obra:
Síntese do Lobo Guará
"Lobo Guará" é uma revelação do "Primeiro Gigante da Natureza". A narrativa acompanha Matias, um jovem de Guarapuava - PA, cuja vida é marcada por escolhas turbulentas e um passado sombrio. Em seu aniversário de 18 anos, em 31 de agosto de 2008, Matias se encontra em uma encruzilhada, erros irreversíveis e a oportunidade de seguir um novo caminho.
A história se desdobra enquanto Matias embarca em uma missão secreta no Rio de Janeiro, designada pelo Leônidas, líder do GPPN, uma elite militar dedicada à proteção da Amazônia. Durante o voo, Matias é assombrado por memórias de sua vida caótica em sua cidade natal, cada lembrança revelando fragmentos de suas lutas internas e das forças que o moldaram.
"Lobo Guará" é mais do que a história de um homem; é um testemunho da interconexão entre a humanidade e o mundo natural, um chamado para a introspecção e a compreensão de que nossas escolhas ecoam não apenas em nossas vidas, mas em todo o ecossistema que nos rodeia.
Matias, em sua busca por redenção, se torna um símbolo da luta humana por significado e purificação, um espelho do próprio Brasil - selvagem, misterioso e profundamente resiliente.
Confira a capa do livro:
*Idealizado por Cleber de Moraes. O processo de criação consiste em esboço manual, processamento visual em DALL-E, melhorias com photoshop generativo e edições profissionais em design gráfico. Toda a ideia do projeto é registrada na CBL e livre de plágio. Devido a falta de patrocínio a obra teve uso da IA para auxiliar na produção visual e ortográfica.
Sobre o Autor: Cleber de Moraes, empreendedor e visionário dedicado à inovação e ao desenvolvimento sustentável. Idealizador e investidor em marketing e tecnologia, ele é conhecido por sua paixão por projetos inovadores e sustentáveis que buscam transformar a forma como as empresas operam no mundo moderno.
Cleber também é o fundador da Startup Abram.link, um buscador geolocalizado com Inteligência artificial, criado para fomentar o network de forma consciente e sustentável, ele também é idealizador de outras startups destinadas a salvar vidas, empresas e meio ambiente. Criador da Obra Velocidade de Cruzeiro e Verde Louro. Músico multi-instrumentista desde a infância estudou contrabaixo na Escola de Música Villa-Lobos de Rio das Ostras-RJ e Música clássica no Polivalente durante o ensino fundamental.
Seu compromisso com a sustentabilidade e práticas ESG (Ambientais, Sociais e de Governança) é evidente em todos os aspectos de seu trabalho.
LinkedIn: www.linkedin.com/in/cleberdemoraes
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Bio Escritor: www.uiclap.bio/cleberdemoraes
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